Batem forte, fortemente, Então, vejo uma criança,
como quem chama por mim. saltita e sorri na rua,
Será neve? Será gente? numa suave dança
Vou ver rapidamente cheia de esperança
baterá a chuva assim? que a chuva seja sua.
É talvez a trovoada; E sem medo ou receio
Mas há bocado, há bocadinho, brinca alegre e feliz,
não mexia nenhuma ramada, parece que está no recreio.
nem se via uma folha molhada, Como é que para aqui veio
nem relâmpago no caminho... com estes jogos infantis?
Quem bate, assim, fortemente Eu queria ser criança outra vez, com tanta genica, correr e chapinhar divertida,
que tão alto se sente? alegrar-me com rapidez,
Não é ninguém a bater o dente, sem nenhuma malvadez.
nem trovoada, nem a tia Anica. Que bom isso seria!
Fui ver. A chuva caía E uma infinita beleza
do cinzento claro do céu, com grande emoção
transparente, forte e fria. entra em mim, com certeza.
Há tanto tempo que não chovia, Cai chuva na Natureza
vou buscar já o chapéu! e cai no meu coração.
Olho através dos vidros,
vejo a chuva a cair,
corre por entre os trilhos,
leva tudo nos caminhos.
Para onde ela quer ir?
Clara Costa, turma 4A4
Escola Básica do Bairro Municipal
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