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Parlamento dos Jovens

Fake News: Que estratégias para combater a desinformação?


Este ano letivo 2021-2022, muitos estudantes portugueses do ensino básico tiveram novamente a oportunidade de participar em mais um projeto do Parlamento dos Jovens. Este programa é uma iniciativa da Assembleia da República dirigida aos jovens do 2.º e 3.º ciclo do ensino básico e do ensino secundário, que procura incentivar o seu interesse pela participação cívica e política. O programa promove uma maior aproximação dos jovens ao poder legislativo através do conhecimento do seu funcionamento mostrando como se desenvolvem os trabalhos ao longo dos diferentes momentos, desta forma, os deputados do Parlamento dos Jovens são cidadãos empenhados na defesa de ideais democráticos e de uma sociedade mais evoluída, valores que levam para a vida.

Todos os anos, este programa dá voz aos jovens para exporem as suas ideias sobre um determinado tema, as quais culminam num Projeto de Recomendação final, aprovado na Assembleia da República. Porém, o trabalho destes jovens não se restringe à atividade em plenário (divulgada nas redes sociais), já que, à semelhança dos verdadeiros deputados, os estudantes também ponderam e discutem, previamente entre si, as ideias a levar para debate, trabalho esse que é feito e fica nos «bastidores». Este ano, os estudantes foram desafiados a apresentar propostas para combater a desinformação, dentro do tema selecionado no ano anterior pelos participantes: Fake News.



FASE DISTRITAL (VISEU)


Tudo começou pela Fase Escolar com a formação de listas e as suas respetivas medidas. Após um período de campanha eleitoral de 2 dias, houve a eleição dos deputados à Sessão Escolar onde foram eleitos os representantes à Sessão Distrital e aprovada a Recomendação da escola composta por 3 medidas, as quais viriam a ser debatidas na sessão distrital pelos deputados estudantes, Beatriz Malta e Tomás Rodrigues.

A sessão distrital começou pela abertura solene da mesa, com a visualização de um pequeno vídeo sobre Castro Daire, local onde decorreu a sessão de Viseu, seguiram-se as intervenções do Sr. deputado João Cotrim de Figueiredo, do partido político Iniciativa Liberal, do Presidente da Câmara Municipal de Castro Daire, Paulo Martins de Almeida, e da Sra. Delegada da Educação da Região Centro, Doutora Cristina Oliveira. Após as várias intervenções, seguiu-se um período de perguntas direcionadas ao Sr. deputado da Assembleia da República.

Encerrada a cerimónia de abertura, iniciaram-se os trabalhos com a apresentação dos vários Projetos de Recomendação e, de seguida, procedeu-se ao debate na generalidade para esclarecimento dos conteúdos das propostas de cada escola. Posto isto, todos os estudantes deputados efetivos votaram no projeto escolar que seria escolhido para o debate na especialidade.

À tarde, foram organizados 4 grupos por forma a permitir a discussão mais detalhada das propostas de alteração ou de melhoria do Projeto Base que cada grupo estava incumbido de apresentar à Mesa, em cumprimento do artigo 52.º do Regimento. Posteriormente, as propostas deliberadas por cada grupo foram apresentadas pelo respetivo porta-voz e, logo de seguida, impostas a votação para concluir o Projeto de Recomendação.

Aproximando-se o fim da sessão vespertina, elegeram-se os deputados que teriam a honra e a responsabilidade de representar este círculo na sessão nacional, bem como o seu porta-voz, e entre os quais figuravam os deputados da nossa escola.


FASE NACIONAL


Finalmente, chegou o aguardado dia 9 de maio, o primeiro dia da sessão nacional, quando todos os 132 deputados e 61 jornalistas eleitos, para esta fase, se reuniram no Palácio de São Bento.

Este primeiro dia começou pela receção das delegações através de um pequeno aperitivo servido no átrio, após o qual os estudantes deputados foram encaminhados para as salas das Comissões, onde discutiram os Projetos de Recomendação aprovados nos diversos círculos eleitorais. Enquanto isso, os estudantes jornalistas e professores desfrutavam de uma visita guiada pelo Palácio de São Bento, tendo depois tido a oportunidade de assistir aos trabalhos desenvolvidos pelas Comissões.

À tarde, foram retomados os trabalhos das Comissões com o debate na especialidade, sendo aprovado um Projeto de Recomendação Final e as Perguntas propostas para Plenário. No final do dia, todos os participantes tiveram a oportunidade de assistir, na Sala do Senado, ao concerto da Lisbon Film Orchestra.

No dia seguinte, 10 de maio, a Sessão Plenária começou pelas 10 horas. Após o período de perguntas aos deputados convidados, colocadas pelo porta-voz de cada círculo, deu-se o Debate de Recomendação à Assembleia da República para os jovens deputados. Por fim, decorreu a conferência de imprensa com Judith Menezes e Sousa, a qual contou com a participação dos estudantes jornalistas. No fim do dia de trabalho, jovens deputados e jovens jornalistas tiraram uma fotografia de grupo na Sala do Senado da Assembleia da República.

Após o almoço, regressaram todos à Sala do Senado para conclusão do debate de votação final da Recomendação. Os secretários da mesa procederam à leitura do Projeto e o encerramento deu-se com a palavra final de cada porta-voz e também do Sr. deputado Eduardo Alves, Coordenador do Grupo de Trabalho Parlamento dos Jovens da Comissão de Educação e Ciência.


RECOMENDAÇÃO FINAL


No final de tudo, os deputados à Sessão Nacional do Parlamento dos Jovens do ensino básico acordaram uma recomendação à Assembleia da República no sentido da adoção, pelo Estado, de várias medidas para combate à desinformação, tais como: a manutenção e investimento no serviço público de informação, como forma de potenciar a clarificação e identificação das fake news; a promoção de ações de sensibilização junto da população estudantil e geral, destinadas a fomentar a literacia mediática e a alertar para os problemas da cibersegurança; o estudo da possibilidade de criação de selo de fiabilidade para determinadas fontes de informação, consideradas confiáveis e credíveis e a atribuição de um símbolo de veracidade a estas fontes, a implementar por uma equipa de profissionais multidisciplinares, em colaboração e articulação com o Centro Nacional de Cibersegurança.


Maria Rita Lopes Esteves, 9.ºH

Escola Básica Grão Vasco


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