Ana Sapata
Pôs a gravata
Da cor da prata
Que tinha na lata.
E com uma só pata,
Com jeito de gata
E vontade aristocrata
Esmagou a barata
Que ficou escarlata
Em vez de mulata
E para findar a zaragata
Com aquela ingrata,
Que é tão, tão, tão chata
E só empata
Em qualquer data,
Esqueceu a gravata
E de forma sensata
Olhou a pata,
Que esmagou a barata
E foi brincar com a batata.
Depois, como quem trata
A vida com nata,
A Ana Sapata
Com uma grande lata,
Esqueceu de vez a barata
E como em cascata
Voltou à gravata
Que ajeitou com a pata
Como um democrata
E zás: fez-se diplomata.
Professor Fernando Marques Pereira
Escola Básica Grão Vasco
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